Quando ele chega é sinal que precisamos repousar, e durante
o repouso, o organismo fortalece o sistema imunológico, libera hormônios como o
do crescimento, organiza as informações obtidas durante o dia e é claro, relaxa
a musculatura corporal.
A importância do sono
é tanta, que quando a gente dorme pouco ou dorme mal, o corpo percebe. Isso
pode acontecer em apenas uma noite e no dia seguinte o organismo já reage de um
jeito diferente.
O cérebro é o primeiro a sentir. O sistema nervoso central
fica todo desregulado.
Os neurotransmissores, que são os responsáveis pelas
atividades físicas, de memória e também pelo prazer, ficam atrapalhados. É
quando a memória começa a falhar e a pessoa fica mais desatenta.
O coração também sente quando a noite foi de pouco sono.
Quando a pessoa não dorme, os batimentos cardíacos ficam mais acelerados e há
uma sobrecarga. Isso pode acontecer quando se tem problemas para dormir durante
o dia seguinte.
Outra mudança é no sistema imunológico. A falta de sono
diminui a defesa do nosso organismo de tal maneira que, se uma pessoa que não
dorme bem tem contato com uma outra que está com um resfriado, por exemplo, as
chances de se pegar o resfriado aumenta consideravelmente.
Acidentes de trânsito
Uma noite de sono mal dormida pode gerar uma série de
consequências e o dia seguinte será muito ruim, seja pela falta de atenção ou
irritabilidade, mas o pior é que as chances de ocorrer um acidente de trânsito
grave são muito maiores.
No ano de 2004, morreram 34. 674 pessoas no trânsito; isso
quer dizer que a cada 15 minutos morreu uma pessoa vítima de acidente de
trânsito.
Se pegar apenas os acidentes causados pelo sono, tem-se uma
média de 7.000 mortes por ano.
Se for dormir pouco, no dia seguinte é preciso fazer uma
atividade física logo ao acordar.
E para aqueles que acham que vai repor o sono perdido no
final de semana dando aquela esticada no sono... está certo! Isso por que
consegue repor parte da fisiologia que foi atrapalhada pela restrição do sono
durante a semana.
Dicas para uma boa noite de sono
Se prestarmos atenção, é fácil mudar alguns hábitos que são
inimigos do bom sono. Isso é fácil, dá certo e pode começar essa noite mesmo.
1-
O primeiro mandamento é, calma à noite.
Estabeleça um limite de uma hora antes de dormir para as atividades pouco
relaxantes como conversas animadas e internet.
2-
Evite sonecas durante o dia. O cochilo depois do
almoço é saudável e garante o descanso necessário para enfrentar o trabalho no
resto do dia; mas se passar dos quarenta minutos, pode prejudicar o sono
durante a noite.
3-
Excesso de luz. A luminosidade prejudica a
produção de melatonina, hormônio que induz ao sono, e só é produzido no escuro.
Se acordar no meio da noite, procure manter os olhos fechados.
4-
Demorou para dormir? Paciência. Se não conseguir
adormecer em 15 minutos, é melhor levantar, ler um livro ou ouvir uma música
suave. Depois volte para a cama quando e sentir sonolento.
5-
Cama não é poltrona. A cama foi feita para
dormir e quem passa muito tempo deitado acaba sem sono.
Depois de tudo isso, só o que nos resta é desejar uma ótima
noite de sono a todos.
Apneia do sono:
Saiba Como Cuidar Desse Mal Que Afeta 15 milhões de
Brasileiros
Um
distúrbio do sono que afeta mais de 15 milhões de brasileiros e que pode até
matar. A apneia do sono é a parada
respiratória provocada por obstruções na traqueia.
Ela
atinge principalmente homens entre 40 e 50 anos e é agravada pela obesidade.
O sinal
de alerta surge na penumbra. Cada vez mais cresce o número de brasileiros que
que sofrem da tal apneia do sono.
Um
problema causado pelo relaxamento dos músculos da garganta e da língua e que
provoca a obstrução das vias aéreas impedindo a respiração por alguns
segundos. Isso acontece várias vezes
durante a noite.
Tipos
Existem
basicamente dois tipos de apneia do sono; apneia obstrutiva do sono e a apneia
do sono central.
A
apneia obstrutiva do sono é a forma mais comum e
ocorre quando os músculos da garganta relaxam durante o sono. A apneia
obstrutiva do sono ocorre quando os músculos da parte de trás da garganta e os
músculos da língua relaxam, o que acontece enquanto a pessoa dorme.
Nesse tipo de distúrbio, quando esses
músculos relaxam, as vias respiratórias se fecham, o que interfere e impede a
respiração adequada. Por ser incapaz de respirar, a pessoa desperta do sono por
um breve momento - em que as vias respiratórias reabrem e permitem que a
respiração volte ao normal.
Esse problema, no entanto, se repete
inúmeras vezes ao longo da noite e pode causar sérias complicações.
Já apneia do sono central é muito menos
comum e ocorre quando o cérebro não consegue transmitir sinais para os músculos
da respiração. Uma pessoa que sofre com este tipo de apneia pode acordar com
falta de ar ou sentir dificuldade para dormir ou, ainda, para manter o sono.
O sono irregular impede a pessoa de
alcançar o sono profundo, fazendo-a se sentir sonolenta durante o dia.
Consequências
As pessoas
que não conseguem dormir bem à noite, ficam sonolentas e cansadas durante o dia
e como consequência, elas ficam irritadas, sofrem de dor de cabeça e até de
depressão.
Já se
sabe que o estresse causado ao organismo pode tornar um indivíduo hipertenso e
até causar impotência sexual. A nova descoberta é que a apneia do sono provoca
também o entupimento das artérias; o que pode levar ao infarto... e a morte.
Fatores de risco
Esse
distúrbio atinge principalmente os homens a partir dos 40 anos e as mulheres
depois da menopausa. A obesidade agrava o problema e o excesso de gordura na
região da garganta acentua a apneia.
Tratamento
O objetivo do
tratamento é manter as vias respiratórias livres para a passagem de ar durante
a noite.
Os níveis de
pressão da máscara devem ser ajustados individualmente depois de um estudo
polissonográfico cuidadoso; pressões inadequadas podem aliviar os sintomas
da apneia do sono sem
diminuir os riscos cardíacos.
Já o tratamento
cirúrgico é indicado para a remoção de obstáculos e correção de
distúrbios que dificultem a passagem de ar.
Perda de peso, no
caso de pacientes obesos, e evitar dormir de barriga para cima são outras
medidas úteis.
Bruxismo:
Como Evitar o Ranger dos Dentes à Noite
Talvez você já deva ter visto ou ouvido falar de pessoas que
costumam ranger os dentes durante o dia ou como é mais comum, em quanto dormem.
Esse é um dos vários distúrbios do sono e que é conhecido
como bruxismo.
O bruxismo nada mais é do que um distúrbio do sono que se
caracteriza pelo ranger dos dentes de forma agressiva e que em muitos casos, na
maioria dos casos na verdade, trazem prejuízos para o indivíduo que sofre desse
mal.
Ainda hoje não se sabe ao certo quais são as causas que
influenciam na ocorrência dessa doença nas pessoas, mas sabe-se que alguns
fatores têm aumentado as chances de alguns indivíduos contraírem esse sintoma,
como:
Estresse
As sensações de raiva e frustração bem como o estresse podem
levar ao ranger dos dentes
Personalidade
As pessoas que têm uma personalidade mais agressiva têm mais
chances de contrair o bruxismo.
Idade
Os sintomas de ranger os dentes são mais comuns nas crianças
e geralmente desaparecem a medida que elas vão entrando na adolescência.
Substâncias estimulantes
Algumas substâncias como álcool, café, cigarro e drogas são
fatores de risco para o surgimento do bruxismo.
Sintomas
É comum as pessoas acharem que todos que tem bruxismo sabem
que sofrem desse distúrbio; mas têm muitas pessoas que na verdade não sabem,
por que essa doença se manifesta basicamente durante o sono, porém, existem
alguns sintomas que ajuda a identificar o um indivíduo que sofre desse mal.
Entre eles:
- O principal sintoma do bruxismo é o ranger dos dentes. Às
vezes é tão alto que chega a despertar quem dorme ao lado;
- Dentes achatados ou fraturados;
- Esmaltes dos dentes desgastados;
- Dor na face ou na mandíbula;
É importante lembrar que nem sempre alguns desses sintomas,
significa necessariamente, que a pessoa sofre de bruxismo. Alguns problemas
também possuem sintomas parecidos como infecções no ouvido e distúrbios
dentários.
Prevenção
O principal método de se evitar o bruxismo é evitando alguns
hábitos que podem aumentar os riscos de se contrair esse distúrbio, entre eles
o álcool, cigarros, cafés e outras substâncias estimulantes.
O tratamento não garante que os sintomas desapareçam, o
objetivo é reduzir a dor, evitar danos permanentes aos dentes e reduzir, ao
máximo, o ranger dos dentes.
Na maioria dos casos, uma placa que pode ser colocada tanto
nos dentes superiores quanto nos dentes inferiores, ajuda a reduzir o
travamento.
Elas são projetadas para manter a mandíbula em uma posição
mais relaxada ou podem ter alguma outra função que vai ser estabelecida pelo
profissional.
Existem vários tipos de placas; quando uma não funciona,
outro tipo deve ser testado. Um dentista pode ajudar a escolher o melhor tipo
para cada mandíbula.
A tensão cotidiana parece ser uma das causas
principais do bruxismo, e não importa o que seja que reduza a tensão, ouvir
música, ler um livro, fazer um passeio ou tomar um banho pode contribuir.
Procurar alguma terapia auxiliará no aprendizado
de meios eficazes de controlar situações estressantes. Adicionalmente, se
aplicar uma toalhinha morna e molhada no lado de sua face isto poderá ajudar a
relaxar os músculos doloridos devido à pressão exercida.
Classificação dos Distúrbios
do Sono
Os distúrbios do sono consistem nas
dificuldades relacionadas ao sono. Sempre que um indivíduo tem problemas para
adormecer, manter o sono ou até mesmo permanecer acordado estes problemas estão
relacionados aos distúrbios do sono.
E não são poucos os sintomas desses
distúrbios, que vão desde pequenos problemas que desaparecem com o tempo até
outros bem mais difíceis de serem resolvidos e que precisam de acompanhamento
médico.
Dissonia
Do ponto de vista geral, a dissonia é um distúrbio do sono classificado em dois tipos diferentes.
Por um lado, a insônia, que é a falta de
sono, descrita anteriormente e uma das doenças mais conhecidas pela sociedade.
Por outro lado, existem casos de pessoas
com excesso de sono, ou seja, o desejo de dormir durante muito tempo e ainda
sim ter a sensação de que o sono não foi suficiente (hipersonia, narcolepsia).
Vale ressaltar que a dissonia é diferente
de outros problemas, como por exemplo, os pesadelos, que não alteram o ritmo de
sono e vigília, mas que são episódios pontuais durante o sono. Por outro lado,
fala-se muito de dissonia quando esse desconforto se torna crônico com o tempo.
Parassonia
As Parassonias são distúrbios do sono caracterizados por
movimentos anormais durante o sono, causando interrupções no padrão saudável de
repouso e como consequência gerando sonolência, cansaço, menor desempenho
cognitivo e físico durante o dia.
A causa das parassonias é desconhecida, mas
um terço ou mais dos indivíduos com acatisia (condição psicomotora onde a
pessoa sente uma grande dificuldade em permanecer parado, sentado ou imóvel)
apresentam casos na família.
Distúrbio do sono REM
Difícil
é encontrar alguém que nunca tenha tido a experiência de estar dormindo e de
repente acordar com gritos de alguém que também estava dormindo. Isso não é
pesadelo e nem o chamado terror noturno. Esse mal é conhecido como distúrbio do sono REM.
O distúrbio
do sono REM é um distúrbio de sono caracterizado por ter atividade motora
durante os sonhos com episódios de agressão àqueles que estão ao lado e muitas
vezes acompanhados de sérios acidentes.
Ao contrário do Terror
Noturno, este distúrbio afeta idosos, em especial do sexo masculino e o
paciente deve ser acompanhado pelo médico.
É um problema bastante
interessante porque ele é quase um alerta do corpo. Ao longo de cinco anos,
aquele paciente pode vir a desenvolver algum tipo de doença neurológica, como
demências e doenças degenerativas como o mal de Parkinson.
A doença de Parkinson ou
Mal de Parkinson, é uma doença degenerativa, crônica e progressiva, que acomete
em geral pessoas idosas.
Ela ocorre pela perda de
neurônios do sistema nervoso central em uma região conhecida como substância
negra. Os neurônios dessa região sintetizam o neurotransmissor dopamina, cuja
diminuição nessa área provoca sintomas principalmente motores.
Entretanto, também podem
ocorrer outros sintomas, como depressão, alterações do sono, diminuição da
memória e distúrbios do sistema nervoso autônomo.
Os principais sintomas
motores se manifestam por tremor, rigidez muscular
e diminuição da velocidade dos movimentos.
Alguns especialistas
costumam dizer, por brincadeira, que o distúrbio do sono REM é como um urubu.
Isso por que o paciente responde bem ao tratamento e alguns acabam
desenvolvendo outras doenças.
Neste distúrbio, a pessoa
que está sonhando pode vir a chutar, gritar, levantar, correr e etc; e pode se
lembrar do ocorrido. Com estes movimentos brutos e repentinos, o paciente pode
se lesionar.
O tratamento é feito com medicamentos que relaxam durante o
sono REM. Mas é bom tomar alguns cuidados, já que indivíduos que sofrem desse
distúrbio também acabam sofrendo de um outro. O sonambulismo.
Primariamente, é importante tomar medidas de segurança para
a proteção do paciente como dormir no andar térreo e em quarto amplo; proteger
as janelas ou fechá-las; retirar mobílias baixas e outros obstáculos do quarto
nos quais o paciente possa bater ou tropeçar e cair (como cadeiras, pufes e
mesinhas); dificultar o acesso a objetos perfurantes ou cortantes (como
tesouras, estiletes e agulhas).
Em casos mais acentuados, pode ser necessário colocar o
paciente para dormir em um saco com zíper. Deve-se tratar os fatores de piora,
tais como estresse excessivo cotidiano, ansiedade e hábitos de sono
irregulares, prevenindo a privação do sono. Para melhorar esses fatores pode-se
utilizar ansiolíticos, psicoterapia, técnicas de relaxamento
e outras medidas para melhorar a higiene do sono.
Além disso, deve-se tratar outras possíveis condições
clínicas associadas como: depressão, distúrbios
respiratórios, narcolepsia, movimentos periódicos
de membros e doenças neurológicas.
Alguns medicamentos psiquiátricos também podem diminuir a
frequência dos casos como o clonazepam em doses baixas, que podem ser
aumentadas dependendo da resposta terapêutica, ou outros benzodiazepínicos como diazepan ou flurazepam.
Nos casos de crises violentas comprovadas, são utilizados antiepiléticos.
Distúrbios do relógio
biológico
A maioria dos processos biológicos e
psicológicos do nosso organismo segue ritmos normais. Aqueles que têm um ciclo
de um dia são chamados de ritmos circadianos.
Também conhecido como ciclo circadiano,
o ritmo
circadiano representa
o período de um dia (24 horas) no qual se completam as atividades do ciclo
biológico dos seres vivos. Uma das funções deste sistema é o ajuste do relógio biológico, controlando o sono e o apetite.
Através de um marca-passo interno que se
encontra no cérebro, o ritmo circadiano
regula tanto os ritmos materiais quanto os psicológicos, o que pode influenciar na vigília e no sono.
Então podemos dizer,
mais simplificadamente, que os distúrbios do ritmo circadiano do sono são
alterações dos horários “normais” do sono de nosso relógio biológico que
provocam sintomas de insônia, fadiga, cansaço, entre outros.
Em pessoas saudáveis, a variedade dos ritmos circadianos
está em sintonia como os vários elementos de uma orquestra.
A temperatura corporal começa a subir por exemplo, nas últimas
horas de sono, logo antes da pessoa despertar. Isso parece promover uma
sensação de alerta pela manhã.
Durante a tarde, a temperatura corporal diminui; é quando
o organismo está se preparando para dormir.
Uma queda de temperatura corporal também ocorre em muitas
pessoas entre as 2 e 4 horas da tarde, o que explica por que muitas pessoas
sentem sono no início da tarde.
O que causa distúrbios no relógio biológico?
Em grande parte, o sistema circadiano de cada pessoa
parece ser determinado pela genética.
Mudanças relacionadas com a idade também parece afetar o
ritmo natural e a habilidade para responder aos sinais do tempo.
Esses fatores podem levar a um conflito entre os sinais
corporais do sono e as exigências da sociedade.
Os principais distúrbios do ritmo circadiano
são:
Síndrome Jet-Lag
São alterações do
nosso “relógio biológico” do sono causadas por longas viagens transcontinentais
(através de vários fusos horários). Aproximadamente um terço dos viajantes não
experienciam este problema. As causas do jet lag são o estresse ou fadiga relacionado
ao vôo, a perda do sono e as relações temporais alteradas entre o sistema
circadiano e o novo ciclo local claro-escuro.
Síndrome do Atraso/Avanço da fase do sono
Esses distúrbios estão
relacionados com o relógio biológico, fazendo com que a pessoa atrase ou
adiante o horário de início de sono.
No atraso de fase, por
exemplo, a pessoa não consegue dormir antes das 2 horas da manhã, podendo
iniciar o sono somente no início da manhã. Devido aos compromissos, a maioria
das pessoas precisa acordar cedo, o que faz com que não consiga ter a
quantidade de horas de sono suficientes para se sentir bem.
Distúrbio dos Trabalhadores em Turnos
É o distúrbio daqueles que trabalham à noite e “tentam”
dormir durante o dia. Nos dias atuais é cada vez mais comum os trabalhadores
que fazem plantões noturnos. É caracterizado por queixas de sonolência e/ou
insônia em pessoas que trabalham em horas que normalmente deveriam estar
dormindo.
Distúrbios do sono em
crianças
O sono das crianças pode ser afetado por diversos fatores sejam eles
temporários ou permanentes e também por diversas condições sejam elas, agudas
ou crônicas.
Algumas dessas condições são manifestações fisiológicas
normais relacionadas ao processo de amadurecimento do organismo e das vias
cerebrais.
As condições normais devem ser diferenciadas das patologias
ou das condições anormais que afetam esta faixa etária e que, se não tratadas,
podem prejudicar o desenvolvimento adequado da criança.
Causas
As causas que podem provocar distúrbios no sono das crianças
são as mais diversas, não sendo possível determinar uma em específica. Mas
existem três em especial, que tem tirado o sono dos pais e colocado os
especialistas em estado de alerta. São elas:
Síndrome da apneia obstrutiva do sono
Esse distúrbio quando ocorre nas crianças é um pouco
diferente daquele que ocorre nos adultos e acontece com mais frequência quando
a criança está entre os 3 e 6 anos e geralmente é provocada pelo aumento dos
tecidos que compõem as adenoides e amígdalas da garganta, que é também
conhecida como hipertrofia adenoamigdalina.
Esta hipertrofia pode levar a uma obstrução das vias aéreas
superiores podendo causar o ronco (ruído produzido pela passagem do ar pelas
vias respiratórias estreitadas) e a apneia do sono (interrupção da passagem do
ar pelas vias respiratória).
Parassonia
São distúrbios que geralmente não causa males as crianças.
Elas estão associadas ao crescimento e tendem a desaparecer a medida que as
crianças vão crescendo.
São causadas por um despertar incompleto e podem acontecer
em qual quer umas das fases do sono.
Algumas das parassonias mais comuns são:
Sonilóquio - é o ato de falar
enquanto dorme. Esse distúrbio não está associado aos sonhos por que ocorrem na
fase REM e nessa fase os indivíduos não sonham.
Sonambulismo - esta é uma outra
parassonia que confunde muito as pessoas, por que elas acham que a criança está
dormindo quando tem essa crise. Porém, semelhante ao sonilóquio, esse distúrbio
também ocorre durante a fase REM do sono.
Distúrbio
comportamental do sono REM - é uma crise pouco comum nas crianças. Ela acontece com
mais frequência nos adultos.
É caracterizado por movimentos rápidos durante o sono.
Quando sofre dessa crise, o indivíduo na maioria das vezes está dormindo e seus
movimentos são de acordo com o que se está sonhando.
Epilepsia
Esse é um distúrbio que não está diretamente ligado ao sono,
mas deve ser descartada as outras possibilidades da causa desse problema. Isso
por que, entre 20 a 40% das crianças que sofrem ataques eplépticos, sofrem em
quanto dorme.
Existe um tipo de epilepsia muito comum nas crianças em
idade escolar, que é a epilepsia rolândica. É um distúrbio benigno que ataca as
crianças em quanto dormem e podem paralisar temporariamente a face e os membros
superiores.
A grande maioria dos distúrbios do sono que acometem as
crianças são benignos e desaparecem com o tempo. Porém os pais e familiares
devem ficar atentos por que caso esses distúrbios ocorram com muita frequência
é preciso buscar ajuda médica para verificar quais são as causas.
O Que são os Distúrbios
do Sono?
Dormir pode ser alívio para umas pessoas e pesadelo para
outras. Especialistas afirmam que o sono muda ao longo da vida. Quanto mais
velha a pessoa fica, mais cedo ela se cansa e mais cedo ela acorda e é
exatamente nessa fase da vida que mais ocorrem os casos de distúrbios do sono.
Os bebês, por exemplo, podem dormir até 6 horas por dia; já
um adulto, pode ficar na cama entre 7 e 8 horas, sendo que esse número diminui
ainda mais quando a velhice chega.
Em algum momento da vida a maioria das pessoas acabam encontrando
uma certa dificuldade para dormir. Ou então acorda no meio da noite e não
consegue pegar novamente no sono. No dia seguinte a pessoa fica cansada,
sonolenta e as horas parece que não passam.
Se isso já aconteceu com você, não se sinta uma exceção.
Milhões de pessoas sofrem de problemas relacionados com o sono. A questão é
saber quando se trata de casos isolados, e quando é necessário procurar ajuda
médica.
Fases do sono
O sono tem quatro fases, sendo que cada uma delas é
responsável por diferentes atividades e quando ocorre complicações em qual quer
uma dessas fases, podem ocorrer danos à saúde a pequeno ou longo prazo.
A primeira fase começa quando a pessoa começa a sentir os
primeiros sinais de sono. Nessa fase ela é facilmente despertada.
A fase dois é marcada pela diminuição da temperatura
corporal, da respiração e dos batimentos cardíacos. Essa fase é conhecida como
fase do sono leve.
A fase três é semelhante a segunda; com a diferença de que
nessa fase o sono é mais pesado.
A quarta fase do sono é conhecida como fase do sono profundo
ou sono R.E.M. É nessa fase que ocorrem os sonhos.
R.E.M, em inglês significa rapid eye movement ou movimento
rápido dos olhos. Durante o sono R.E.M os olhos se movem rapidamente e a
atividade cerebral é semelhante àquela em que o indivíduo está acordado.
Uma boa noite de sono é condição essencial para garantir a
disposição para o trabalho, o estudo e o lazer; mas do que isso, é fundamental
para manter a saúde em dia.
Sintomas dos distúrbios do sono
As primeiras indicações de distúrbio de sono se dão através
da alteração do humor e da capacidade mental, como por exemplo, memória e
raciocínio.
Pernas inquietas, sonambulismo, insônia, sonolência
excessiva e apneia do sono; esses são apenas alguns dos sintomas dos distúrbios
do sono.
Fica até fácil de entender a existência de diversas doenças
em pessoas que não praticam uma rotina saudável de sono.
Dessa forma, dormir bem é muito importante para se manter a
saúde; ao contrário do que muitos pregam por aí, dizendo que dormir é perda de
tempo.
A boa qualidade do sono é tão importante quanto a
alimentação e a prática de esportes. Pessoas que dormem pouco, ou as que dormem
muito além do necessário podem se tornar grandes candidatos a desenvolverem
doenças como hipertensão e diabetes.
Enurese noturna
Enurese é o hábito
involuntário de urinar durante o sono, mais conhecido como "fazer xixi na
cama".
A partir de 5 anos
de idade para as meninas e 6 anos para os meninos, é considerado anormal que
ocorra enurese mais que 2 vezes por mês. A enurese noturna
acomete principalmente crianças e adolescentes e em alguns casos também os
jovens. Estima-se que 2% a 3% dos jovens podem sofrer de enurese.
Apesar de ser
muitas vezes conhecida como xixi na cama, esse distúrbio é diferente por que
nele, a urina é involuntária. Já nos casos em que a criança sente vontade de
urinar, não pode ser considerado enurese.
Causas
A Enurese Noturna tem causa biológica.
E o fator genético é determinante. Em geral há mais de um caso na família.
O risco de uma criança apresentar esse
distúrbio sobe para 40% se um dos pais apresentou na infância e passa para 80%
se ambos tiveram esse distúrbio.
Infecções urinárias ou malformações
congênitas também podem causar a enurese.
Tipos
A Enurese possui
duas classificações:
Enurese Noturna Primária: quando a criança passa
dos cinco anos sem nunca ter apresentado um período prolongado de controle. É a
mais comum: 15% das crianças acima dos cinco anos tem Enurese Noturna.
Enurese Noturna
Secundária: quando a criança
já apresentou um período (cerca de seis meses) de controle, e de repente volta
a fazer xixi na cama. É a mais complicada e pode estar associada a fatores
emocionais.
É grande o
impacto na qualidade de vida da criança com Enurese Noturna Primária, não
tratada. É comum a criança e o adolescente se isolarem, com baixa
autoestima, ansiedade e fraco desempenho escolar.
Tratamento
Existem tratamentos
eficazes para tratar esse distúrbio como mudança de hábitos, comportamentos e
também medicamentos.
As opções de
tratamento variam de acordo com as características e necessidades de cada
paciente. Como a criança pode adquirir espontaneamente o controle da urina,
alguns pais preferem dar tempo para que isso aconteça.
A vantagem do
tratamento é que ele acelera o processo de cura, uma vez que o fato de fazer
xixi na cama depois dos 5 anos pode representar um golpe duro na autoestima da
criança.
Em muitos casos,
ela se torna arredia, não aceita convites dos amigos para dormir fora de casa e
não viaja com os colegas da escola. A enurese noturna pode até interferir
negativamente em seu desempenho escolar.
Dicas
-Faça seu filho beber bastante água durante o dia para que
seu cérebro comece a reconhecer a sensação de bexiga cheia, mas evite que
ingira líquidos à noite, nem mesmo aquele copinho de leite;
-Insista para que fazer xixi seja o último compromisso da
criança antes de ir para cama e o primeiro ao levantar-se;
Se a criança tem episódios de enurese, os
pais devem lidar com ela de forma paciente. São vários os fatores que podem
fazer com que isso aconteça, inclusive os psicológicos.
Ao perceber que a criança com mais de sete anos idade, ainda molha a
cama à noite, procure ajuda médica.
Insônia
Dificuldade para dormir, noite em claro e facilidade para
acordar durante o sono; esse é o pesadelo que quase 43% da população brasileira
enfrenta quase todos os dias.
A insônia é
caracterizada pela perda do sono tanto na fase inicial, intermediária ou final.
A maioria das pessoas na fase adulta sofrem com a falta do
sono em algum momento da vida, mas algumas delas tem insônia crônica, que pode
perdurar por um período mais prolongado do que o normal, se comparado com as
demais.
Isso quer dizer que todos nós podemos ter insônia em algum
momento da vida; mas existe uma diferença entre perder o sono por um breve
período de tempo e perder o sono todas, ou quase todas as noites.
Geralmente, as pessoas com mais de 60 anos são mais
suscetíveis à insônia. Além disso, as causas do distúrbio podem estar ligadas
ao estresse, ambiente barulhento, depressão e medo.
Além de desequilibrar o organismo, uma noite mal dormida
pode ser responsável por cansaço excessivo e irritabilidade durante o dia.
Tempo ideal de sono
Geralmente, o tempo ideal para um sono reparador varia de
pessoa para pessoa dependendo da sua faixa etária. A maioria porém, precisa
dormir de sete a oito horas para acordar bem disposta. Mesmo aqueles que acham
que dormir de cinco a seis horas é suficiente, na realidade, precisam dormir um
pouco mais.
Uma coisa interessante, é a diferença entre um indivíduo que
sofre de insônia e um que não tem tempo para dormir.
Uma pessoa privada de sono precisa dormir, mais não tem
tempo; já uma pessoa com insônia tem tempo, mais não consegue dormir.
É como se o cérebro dela desaprendesse a dormir. São dois
casos diferentes e com consequências diferentes. O indivíduo com insônia tem
mais consequências na esfera mental. Ele tende a longo prazo, a ficar mais
irritado, deprimido, ansioso, estressado e desconcentrado.
Tratamento
O auxílio para o problema da falta de sono está no
tratamento, que vai variar de acordo com o motivo e a causa da insônia.
Neurologia, psiquiatria, medicina do sono e clínica médica,
são algumas das especialidades que podem ajudar a identificar e tratar a
insônia.
Dicas para dormir melhor
1- Tanto
Para quem tem dificuldades para dormir, quanto para quem não tem, é de extrema
importância associar a cama ao sono.
Tem gente que trabalha na cama, come na cama, se estressa na
cama... enfim, faz de tudo um pouco na cama; quando na verdade, a cama deve ser
apenas para dormir. Isso ajuda o cérebro a associar a cama ao sono.
2- É
recomendável sempre que estiver se aproximando a hora de deitar, evitar fazer
atividades físicas intensas, por que isso deixa o cérebro em estado de alerta e
consequentemente, o indivíduo levará um tempo maior para adormecer.
3- Deve-se
também, diminuir a luz. A pouca luminosidade induz ao sono.
4- Outra
coisa importante, é procurar isolar os pensamentos do que ocorreu durante o
dia. Procure evitar estar pensando nos acontecimentos do dia na hora de dormir.
Narcolepsia
A narcolepsia é um distúrbio do sono caracterizado por sonolência
excessiva durante o dia e por frequentes ataques de sono, mesmo quando a pessoa
dormiu bem à noite.
Esses ataques costumam ocorrer repentinamente e a qualquer momento do dia
- até mesmo em situações inusitadas, como em consultas médicas, dirigindo ou numa conversa entre amigos.
Ao contrário do que muitos acreditam, a narcolepsia não está relacionada à
depressão, distúrbios convulsivos, desmaios, preguiça ou pela simples falta de
sono durante a noite.
Esta é uma condição crônica, para a qual não há cura, e que pode afetar seriamente
a qualidade de vida de quem a tem. No entanto, é perfeitamente tratável e seu
principal sintoma - o excesso de sono durante o dia - pode ser controlado por
meio de medicamentos e algumas mudanças no estilo de vida.
Fatores
A narcolepsia se caracteriza por alguns fatores como:
Sonolência excessiva diurna
Nesse caso, a pessoa tem muito sono durante o dia, mesmo que
tenha dormido bem à noite.
Essa sonolência excessiva diurna se deve a alterações no
mecanismo do sistema nervoso central de alguns neurotransmissores reguladores
do sono.
Cataplepsia
Essa é uma doença que se caracteriza pela perda da
coordenação muscular. É quando um indivíduo está acordado durante o dia em uma
atividade normal e imediatamente bate um sono incontrolável nele. Daí ele perde
a força muscular e cai sentado ou deitado e começa a dormir ali mesmo.
Alucinações
Essas alucinações ocorrem quando a pessoa vai começar a
dormir ou quando despertam do sono e tem a impressão de que tem alguém dentro
do quarto ou vê alguma pessoa ou algum animal e se assusta com aquela
alucinação por que parece ser extremamente real. Mas nada mais é do que um
sonho que ocorreu num momento inoportuno.
Paralisia do sono
Um outro sintoma que ocorre nessa crise é a paralisia do
sono. A pessoa está dormindo e quando acorda percebe que não consegue
movimentar o seu corpo.
Os dois músculos que conseguem se movimentar são os dos
olhos e o diafragma, que é o da respiração.
Nesses casos é recomendado manter a calma, mexer os olhos e
tentar respirar profundamente com o diafragma. Esse estímulo muscular faz com
que os outros músculos entrem em atividade.
Causas
A causa exata da narcolepsia é desconhecida pelos especialistas, embora
muitos acreditem que fatores genéticos possam estar diretamente envolvidos nas
causas da doença.
Acredita-se que a narcolepsia seja causada pela perda de um grupo de
células localizadas no hipotálamo. Estas células morrem precocemente e não
produzem um neurotransmissor chamado hipocretina, responsável por nos manter
acordados.
Um desequilíbrio, portanto, na quantidade desta substância química pode
levar ao aparecimento do sono REM em horas inadequadas. Os médicos não sabem
afirmar o que leva o corpo a produzir baixas quantidades de hipocretina, mas
acredita-se que uma reação autoimune possa estar envolvida.
No processo natural do
sono, uma pessoa passa por todas as primeiras fases antes de entrar no chamado
sono REM, que é quando ocorre a grande parte dos sonhos. Já uma pessoa com
narcolepsia pula todas essas primeiras fases, atingindo o sono REM muito mais
rapidamente.
Isso pode acontecer
tanto à noite quanto durante o dia.
O trabalho noturno e a saúde
Quem trabalha a noite reclama; segundo
os profissionais, o trabalho noturno é sempre mais difícil e trás prejuízos para
o organismo.
De acordo com a organização mundial de
saúde (OMS), 20% das populações dos países desenvolvidos trabalham no horário
da noite. O horário faz parte da rotina dos profissionais como
médicos-plantonistas e enfermeiros. Mas não são apenas eles que exercem
atividade noturna.
Com o crescente número de
estabelecimentos como lojas de conveniências, supermercados e postos de
gasolina, aumenta também o número de pessoas que trabalham no período da noite.
Mas será que trabalhar no período da
noite trás mesmo prejuízos para a saúde?
Segundo os especialistas, o trabalho
noturno causa uma série de complicações como, dificuldade de concentração, de
memória, de aprendizagem e isso dependendo da atividade que pessoa exerce pode
trazer resultados desastrosos.
Quem trabalha no período noturno e
precisa descansar durante o dia dorme menos e pior. Além disto, os hormônios
melatonina e cortisol, substâncias secretada por
um neurônio principal e responsável
pela regularização do sono, bem como as citocinas inflamatórias
salivares sofrem uma desregulação em sua produção, o que pode ser um fator de
peso para diversas doenças, incluindo o câncer.
Devido à exposição à luz durante a
noite, o organismo dos trabalhadores noturnos, diariamente secreta menos o
hormônio melatonina, que participa do controle dos ritmos biológicos, incluindo
o que regula o sono. Ou seja, a mudança na quantidade de melatonina no
organismo também altera o “relógio” pelo qual o corpo diz a hora de dormir.
Quanto mais escuro e calmo um ambiente,
mais melatonina tende a ser secretada e com mais sono a pessoa fica.
A secreção de cortisol nesses
trabalhadores, por sua vez, perde seu ritmo natural. Este hormônio prepara para
situações de estresse, podendo prejudicar esta função. Além disto, melatonina e
cortisol ajudam no controle das respostas aos agentes que invadem o corpo, como
os microorganismos, com destaque para o papel do cortisol.
Uma boa opção para diminuir os efeitos
negativos sobre o organismo de um trabalhador noturno é o exercício físico.
A
privação do sono causa efeitos deletérios ao corpo e um trabalhador noturno
também sofre por causa dela. No entanto, o exercício físico utilizado durante a
privação parcial ou total de sono, acaba agindo de forma ainda não conhecida,
protegendo o corpo dos efeitos dessa privação. Mantendo-o em um estado de
vigília maior se comparado a indivíduos que não realizam exercícios físicos
durante a privação de sono.
Adquirindo problemas de saúde ou não, o
funcionário noturno tem alguns direitos que o funcionário diurno não tem.
A legislação prevê, para tentar
compensar os danos que o trabalho noturno pode causar a um indivíduo, um
adicional noturno de 20% do salário.
Esse horário noturno compreende das 22
horas de um dia até as 5 horas do dia seguinte. Se determinada empresa não
cumpre essa obrigação, além de ter que pagar esse valor aos seus trabalhadores,
ela ainda será fiscalizada pela secretaria do trabalho que certamente lhe
aplicará uma multa em relação a isso.
Os piores distúrbios
do sono
Quando dormimos deveríamos
relaxar e descansar, certo? Mas esse sistema não funciona para todas as
pessoas. Há casos em que dormir acaba sendo uma experiência aterrorizante.
Confira essa lista de alguns dos
piores distúrbios do sono e que são
verdadeiramente assustadores.
Pesadelos
Quem nunca teve um pesadelo?
Sonhar com monstros, com a morte de alguém, ou estar
vivenciando uma situação constrangedora... todo mundo já teve ou vai ter um
pesadelo. Isso é super normal; o problema é quando esses pesadelos se tornam
tão frequentes a ponto de impedir as pessoas de dormirem.
Sonambulismo
Esse distúrbio é
mais comum em crianças. Mas cerca de 15% dos adultos sofrem desse mal.
Não se sabe ao
certo por que tem muita gente que sai andando quando está dormindo, mas uma das
causas prováveis pode ser a genética. Pessoas com casos de sonambulismo na
família tem até dez vezes mais chances de contrair esse distúrbio.
Terror noturno
É uma mistura do
sonambulismo com o pesadelo. A
pessoa abre os olhos, apesar de não estar acordada, começa a gritar e, muitas
vezes, pode até destruir objetos. Ela fica nesse estado alucinado por uns dez
ou quinze minutos e depois volta a dormir como se nada tivesse acontecido.
Alucinações
Essas alucinações geralmente vêm
acompanhadas de muito sono e cansaço musculares. As pessoas que sofrem desse mal
dizem verem vultos e ouvirem vozes.
Existem dois tipos de alucinações. As alucinações
hipnogógicas, que ocorrem
na transição entre a consciência plena e o sonho e as alucinações
hipnopopônicas que
acontecem quando estamos acordando.
Distúrbio do sono REM
As pessoas que
sofrem desse mal acabam não ficando paradas e se mexem de acordo com o sonho. A
diferença desse distúrbio para o sonambulismo, é que o indivíduo faz as coisas
deitado.
Sexomnia
É muito comum
sonhar com cenas eróticas, mas as vezes as pessoas que sofrem desse distúrbio
podem até manter relações com o parceiro, estando dormindo.
Alguns sujeitos conseguiram até se livrar
de acusações de estupro usando esse distúrbio como desculpa – afinal, eles
estavam “dormindo durante o ataque e não sabiam o que estavam fazendo”.
A sexomnia pode variar de “levemente
irritante” (quando o doente acaba gemendo de forma sexual durante o sono) a
“perigosa” (quando o doente pode atacar outras pessoas em busca de sexo).
Síndrome da cabeça explosiva
A pessoa que sofre desse distúrbio,
simplesmente acorda pensando ter ouvido um som alto, como uma explosão ou o
badalar de um sino. Para a pessoa que “escuta” o barulho, a explosão parece vir
de dentro da própria cabeça dela. Não há dor e nenhum perigo, mas ainda não se
sabe a causa dessa síndrome.
Insônia
Talvez o mais famoso distúrbio relacionado
ao sono. A insônia é um distúrbio persistente que
prejudica a capacidade de uma pessoa adormecer ou, ainda, de permanecer
dormindo durante toda a noite.
Pessoas com insônia geralmente começam o
dia já se sentindo cansadas, têm problemas de humor e falta de energia e têm o
desempenho no trabalho ou nos estudos prejudicado por causa deste distúrbio.
Pesadelos
Quem nunca sonhou sendo perseguido, e por mais que tentasse correr não
conseguia sair dou lugar. Ou caindo de um lugar alto. Ou estando em um lugar
escuro e sozinho.
São diversas as possibilidades de uma pessoa ser atormentada em um
sonho... quer dizer... pesadelo.
Bem, os pesadelos na verdade, não são caracterizados como distúrbios do
sono, mas dependendo da frequência em que eles ocorrem, podem tirar o sono de
muita gente.
Pesadelos são sonhos assustadores que usualmente interrompem o sono
subitamente por um medo intenso, ansiedade e sentimentos de perigo iminente. A
pessoa tem lembrança imediata do contexto assustador do sonho e está
completamente alerta logo após o despertar, com pouca confusão ou
desorientação.
Causas
São diversas as causas
dos pesadelos, tanto em adultos quanto em crianças. Contudo, os sonhos ruins só
serão diagnosticados como uma espécie de transtorno se causarem problemas para
a pessoa, ou caso ela não consiga descansar por causa deles.
Dentre os fatores que podem ocasionar os pesadelos estão:
Estresse
Quando a pessoa está
estressada por causa dos eventos do dia a dia, ou passou por eventos
estressantes, como a morte de um amigo ou família, isso pode desencadear
pesadelos relacionados ou não com o assunto.
Eventos traumáticos
É muito comum que após
acidentes, ou outros eventos traumáticos, como presenciar um crime, a pessoa
tenha pesadelos com o ocorrido. Neste caso, o pesadelo pode estar ligado com Transtorno de estresse pós traumático.
Consequências
Como ocorre com a maioria dos outros distúrbios do sono, os pesadelos
deixam consequências que podem durar um dia inteiro como cansaço, sonolência,
fraco desempenho nas atividades que normalmente executaria sem nenhum problema
e baixo rendimento escolar.
Tudo isso acontece por que no momento que uma pessoa acorda depois de ter
tido um pesadelo, ela sofre um aumento de adrenalina, o que pode levar de
alguns minutos até horas para voltar ao normal. E enquanto essa adrenalina não
voltar ao normal dificilmente o indivíduo voltara a adormecer.
Prevenção
Não há uma forma efetiva de controlar os pesadelos, mas algumas atitudes
podem ser tomadas como prevenção:
-Se a pessoa se impressiona mais
facilmente, ela não deve ter contato com histórias assustadoras antes de
dormir;
-Diminuir a quantidade de cafeína
ingerida durante o final da tarde e noite;
-Fazer atividades físicas, pois
durante o exercício físico são liberadas endorfinas que contribuem com o sono;
-Não usar grandes quantidades de
álcool;
-Não usar drogas ilegais,
principalmente as com efeitos alucinógenos.
Caso o paciente tenha passado por eventos traumáticos e os pesadelos
surgiram depois disso, procurar a ajuda de um psicólogo ou fazer seções de
terapia podem ajudar com o problema dos pesadelos, não importa se faz pouco ou
muito tempo que o fato ocorreu. É uma forma de tratamento que vale ser testada
para aumentar a qualidade de sono e, por consequência, de vida do paciente.
Tratamento
Pesadelos
ocasionais não são motivo de preocupação, mas caso eles estejam ligados a
outras condições de saúde pré-existentes ou sejam contínuos, impossibilitando o
descanso ou atrapalhando nos afazeres diurnos, procure auxílio médico.
Ronco, causas e consequências
O ronco é considerado um distúrbio normal
do sono e chega a afetar até 30% da população mundial.
O problema desse distúrbio é quando
ultrapassa os limites da cama, do quarto e há casos em que até mesmo os
vizinhos começam a reclamar do ronco
de determinados indivíduos.
O ronco é uma obstrução parcial das vias
respiratórias durante o sono, que pode ocorrer em razão natural do contato das
paredes da faringe que tem uma diminuição devido repouso, e à própria perda de
elasticidade, o que ocorre com o decorrer da idade; ou decorrente de uma
obstrução nasal devida a aumento do volume de secreções e produção de muco.
O ronco, quando intenso, geralmente é a
manifestação inicial de um problema mais sério que é apneia
do sono.
O sono provoca o relaxamento dos músculos
do tórax, o que induz a abertura involuntária da boca; como também altera a
coordenação entre a contração do diafragma e
dos músculos da garganta.
Quer dizer que em repouso, há diminuição do
gasto energético e consequentemente do oxigênio.
Nessa situação, os músculos ficam todos
relaxados e se têm períodos de apneia várias
vezes durante o sono.
O que acontece é que a obstrução que
caracteriza o ronco, é devida ao estreitamento das paredes da faringe, o que
termina em esforço respiratório e que faz a pessoa despertar, durante o qual
ocorrem as contrações musculares que abrem as vias aéreas superiores,
restabelecendo a respiração.
A obstrução, faz com que o ar encontre uma
resistência à sua passagem, e ainda ao passar pela língua e pelas amígdalas.
Por isso, vibra, ocasionando um barulho desagradável e com efeitos negativos na
vida pessoal.
Estudos comprovam que esse distúrbio é um
dos fatores que levam ao divórcio de vários casais. A obesidade também é um
grande fator, principalmente no homem onde o ganho de peso é
mais comum no pescoço, tórax e abdome, ou seja, nas partes mais superiores do
corpo; ao passo que na mulher isto não é comum, localizando o ganho de peso nos quadris, coxas, seios,
pernas e abdome;
parte mais inferiores do corpo.
E é esta gordura localizada nessas regiões
que atrapalha nas contrações diafragmáticas e empurra este para cima
interferindo na respiração.
A gordura abdominal é uma grande
preocupação e se caracteriza como um fator de risco. Ela dificulta a circulação
e sobrecarrega o aparelho cardiovascular e consequentemente o pulmonar.
Por último, deve-se ficar atento ao um caso
especial onde o ronco pode sugerir uma doença de neurodeficiência muscular,
conhecida por garganta flácida. Nesta, há diminuição do tónus muscular da
faringe, mas de ordem patológica, o que leva ao contato das suas paredes e
ocasiona a vibração por obstrução na passagem do ar, caracterizando-se pelo
ronco.
Consequências
Apesar do ronco
afetar todos que estão em volta do indivíduo que ronca, os casos mais
preocupantes ocorrem com os roncadores mesmo. Por que, por vezes, ao invés de
haver dificuldade de respiração, há a total obstrução do fluxo respiratório.
Isso é a chamada apneia do sono. Com a faringe obstruída, o ar não chega aos
pulmões e com menos oxigênio no sangue podem ocorrer doenças cardíacas, assim
como complicações no cérebro.
Síndrome
da Cabeça Explosiva
Quem
já teve a experiência de acordar com um som de um trovão sabe o quanto que isso
é horrível.
O
coração acelera, o medo de que alguma coisa ruim tenha acontecido é muito
grande e para piorar, geralmente essas coisas acontecem ou durante a noite, ou
quando está chovendo.
Imagine
só você acordar com um grande estrondo e depois de algum tempo perceber que até
mesmo as pessoas que estavam acordadas não ouviram esse barulho. Ninguém exceto
uma pessoa... você.
Esse
é um dos piores distúrbios do sono, conhecido como síndrome da cabeça explosiva.
A síndrome da cabeça explosiva consiste em
ouvir barulhos, como de trovões e explosões, ao dormir ou acordar. É
considerada rara, mas uma pesquisa publicada na revista Sleep Medicine
Reviews sugere que pode afetar até uma em cada 10 pessoas em algum momento
durante a vida.
Os ruídos começam
repentinamente e duram alguns segundos. Antes de ouvir o barulho, um em 10
indivíduos também apresenta distúrbios visuais breves, como ver relâmpagos
ou flashes. A condição também pode causar uma leve dor de cabeça e sensação de
calor.
Enquanto alguns passam
por apenas um ataque durante a vida, outros experimentam até sete por
noite. As crises podem ir e vir ao longo de semanas ou meses, embora para
alguns ocorram quase que diariamente durante anos.
Causas
Ainda não se sabe ao certo, mas uma das causas
prováveis para essa síndrome é o estresse; por tanto, controle seu nível de
estresse.
Assim como outros distúrbios, a síndrome da
cabeça explosiva aparece ou piora quando se está sob pressão. Peça conselhos ao
seu médico sobre como lidar com o estresse. Ele poderá recomendar medidas que
podem ir desde exercícios de relaxamento até psicoterapia.
Evite ficar muito fatigado, já que as
parassonias podem ser ativadas pela exaustão física. Se não dormir bem ou cair
na cama depois de um dia de trabalho muito cansativo, é provável que a síndrome
ocorra.
Prevalência
O distúrbio é
conhecido por ser duas vezes mais comum em mulheres e geralmente afeta pessoas
com mais de 50 anos, embora também tenha sido relatado em crianças a partir dos
10 anos.
Consequências
Os sons ouvidos podem ser diferentes em cada indivíduo:
explosões, fogos, batidas de portas, tiros e trovões. Alguns têm até distúrbios
visuais, enxergando clarões. Em outros, a tal síndrome pode desenvolver insônia
e elevar o nível de estresse por acreditar que podem sofrer algum tipo de
ataque. Nesses casos, a taquicardia - aumento da frequência das batidas do
coração - é comum. Segundo os médicos, o transtorno pode levar à depressão e à
síndrome do pânico, a longo prazo
Tratamento
Visite seu médico, o qual poderá testá-lo para
saber se você sofre de convulsões no lobo temporal, apesar de que é uma causa
improvável. Ele pode ainda prescrever clomipramina, que vem sendo usada com
algum sucesso para essa condição.
Por desconhecer o distúrbio, grande parte das
pessoas que acordam com esses barulhos acham que estão ficando loucas. Segundo
o médico, ter um diagnóstico e saber que não estão sozinhas já é um alívio para
elas.
Ainda não há um
tratamento adequado à síndrome, mas algumas drogas estão sendo testadas. Brian
Sharpless, médico que vem pesquisando essa síndrome, disse que uma dessas
drogas não fez os sons desaparecem por completo, mas “diminuiu o volume”.
Seja paciente. Quase todos os casos de síndrome
de cabeça explosiva se resolvem com o tempo.
Síndrome das pernas inquietas
A síndrome das pernas inquietas é um distúrbio
do sono em que a pessoa sente uma necessidade involuntária de movimentar as
pernas. Geralmente o sintoma ocorre a noite ao deitar-se, ocorrendo o alivio
com o movimento das pernas, porem muitas vezes a pessoa passa a ficar muito
tempo - até muitas horas - movimentando as pernas para aliviar e com isto
prejudica o sono.
A síndrome
das pernas inquietas é bem mais comum do que se imagina. Ela atinge cerca de 3
a 5 por cento da população mundial e é de difícil tratamento por que muitas
vezes depende de uma avaliação clínica e o paciente não considera esse incômodo
tão importante a ponto de procurar uma orientação médica.
Os principais sintomas desse distúrbio são:
Sensação de
desconforto e necessidade constante de se mover as pernas;
Dor;
Formigamento;
Arrepios;
Pontadas;
A
intensidade pode variar de leve a grave e diminui com o movimento. Em geral
esses sintomas se manifestam a noite e impedem que o indivíduo tenha uma boa
noite de sono.
Causas
Não se sabe ao certo qual é a causa da síndrome das pernas inquietas,
alguns especialistas suspeitam que esteja relacionada com algum desequilíbrio
da dopamina no cérebro, que manda as mensagens que controlam os movimentos musculares do corpo.
As causas da síndrome das pernas inquietas estão mais relacionadas, na
verdade, aos fatores de risco como:
- Hereditariedade,
no caso, ter alguém da família que desenvolveu a síndrome das pernas
inquietas após os 40 anos de idade
- Gravidez, já que mulheres
grávidas costumam apresentar a síndrome, que em geral passa após o
nascimento
- Doenças
crônicas, como diabetes, doenças
renais, doença
de Parkinson ou
neuropatia
periférica
- Privação
de sono
- Uso
de álcool ou cafeína
- Tabagismo
- Obesidade
- Uso
de algumas medicações para doenças psiquiátricas
- Anemia
- Processo
de retirada de um sedativo
Tratamento
Muitas vezes a síndrome
das pernas inquietas é resolvida com o tratamento da doença subjacente que está
causando o problema, como a anemia ou a neuropatia.
Caso não haja nenhuma
condição associada ao quadro de síndrome das pernas inquietas, existem
tratamentos focados em mudanças de hábitos ou medicamentos.
Entre
as mudanças de hábitos que podem amenizar ou mesmo solucionar os sintomas da
síndrome das pernas inquietas, encontramos:
- Banhos
mornos e massagens, que relaxam os músculos;
- Tratamento
com quente e frio, para reduzir as sensações nas pernas;
- Técnicas
relaxantes, como ioga ou meditação, para redução do estresse, que pode
agravar os sintomas do problema
- Higiene
do sono, pois a fatiga pode piorar os sintomas da síndrome;
- Exercícios
regulares e moderados que envolvam também alongamentos, feitos sob
orientação de um educador físico, podem melhorar os sintomas também
- Redução
no consumo de cafeína, como reduzindo o café, chás, refrigerantes e
chocolates;
Não existem medicamentos feitos diretamente para o
tratamento da síndrome das pernas inquietas. No entanto, alguns medicamentos
desenvolvidos para o tratamento de outras doenças têm se mostrado eficazes para
o problema como os medicamentos
que aumentam dopamina no cérebro e Benzodiazepinas, categoria que engloba
alguns relaxantes musculares e remédios para dormir.
Sonambulismo
O sonambulismo é um distúrbio que é caracterizado
pelo fato da pessoa levantar-se da cama, andar ou praticar algum tipo de
atividade enquanto ainda está dormindo.
Em termos médicos, o sonambulismo é um distúrbio do sono em que as
funções motoras da pessoa despertam, mas sua consciência permanece inativa. É
um meio termo entre a consciência e a inconsciência.
É um problema que não é considerado grave, mas que tem
atingindo uma parcela cada vez maior da população. Estima-se que cerca de 1% a
15% da população mundial, já sofreu ou sofrem de crise de sonambulismo.
Crises na infância
Esse distúrbio é muito mais comum na infância por
que as crianças estão mais sujeitas a uma quantidade de sono mais profundo e ao
mesmo tempo, por fatores ambientais ou não, a elementos que favorecem para que
elas fiquem acordadas.
Com isso, elas ficam entre os dois estímulos, o do
sono profundo e o da vigília. Isso pode gerar o que é conhecido como despertar
dissociado; quando não está nem dormindo e nem acordado.
Sonambulismo na fase adulta
O sonambulismo que não cessa quando termina a
adolescência, ou que volta depois na fase adulta, merece um cuidado mais
aprofundado. Nessa fase o sonambulismo pode mascarar alguns problemas como
depressão, ansiedade, transtorno de personalidade e inclusive, nessa fase pode
cometer alguns atos agressivos.
Uma história interessante é que em meados do século
19, um cidadão inglês assassinou uma prostituta por enforcamento e foi
considerado inocente por que era sonâmbulo.
Cuidados
Alguns cuidados podem ser tomados para evitar
crises mais graves de sonambulismo como, despertar a criança no momento em que
elas costumam ter a crise; pode ser para urinar ou beber um pouco de água. Caso
ela já esteja em uma crise de sonambulismo, deve falar com ela em uma voz bem
suave e conduzi-la de volta à cama; de preferência só com a voz.
Causas
Ainda não se sabe ao certo o real motivo
de algumas pessoas sofrerem de sonambulismo; mas se sabe que alguns fatores
contribuem bastante para que esse distúrbio venha surgir ou se agravar, como
por exemplo:
Mudanças súbitas na
rotina de sono
Ficar sem dormir por
longos períodos
Os episódios de sonambulismo geralmente ocorrem no primeiro turno do
sono, muitas vezes uma ou duas horas depois de adormecer, e é menos provável
que ocorra durante cochilos, por exemplo. Um episódio de sonambulismo pode
ocorrer rara ou frequentemente, podendo durar de poucos minutos a até mais de
quarenta minutos.
Tratamento
Existem alguns remédios
que podem ser prescritos para tratamento do sonambulismo, como baixa dose de
benzodiazepina, antidepressivos tricíclicos, e clonazepam.
Porém, para a maioria dos sonâmbulos, muitos especialistas aconselham remover
itens perigosos e trancar portas e janelas antes de dormir para reduzir os
riscos de atividades perigosas. Também é recomendado evitar a privação de sono.
Há opiniões conflitantes
sobre se é perigoso acordar um sonâmbulo. Alguns especialistas dizem que o
sonâmbulo deve ser gentilmente guiado de volta à cama sem ser acordado.
Outros afirmam que acordar um sonâmbulo poderia deixá-lo desorientado,
mas não seria perigoso.
Sonolência excessiva
Quem nunca sentiu uma vontade irresistível de dormir durante o dia,
principalmente após o almoço ou enquanto estava assistindo TV, ouvindo uma
música ou, até mesmo, lendo um livro? E aquela preguiça que parece nunca ter
fim?
Situações como essas são mais comuns do que pensamos, sobretudo, se o
indivíduo não teve uma boa noite de sono ou se gastou energia de mais.
No entanto, o que poucas pessoas sabem é que a sonolência excessiva
durante o dia pode ser algo preocupante, sendo caracterizado com um distúrbio
do sono.
Esse distúrbio é pouco conhecido e acomete cada vez mais uma maior parte
da população mundial, segundo estudo do Centro de Narcolepsia da Universidade
de Stanford, na Califórnia.
A sonolência excessiva não é considerada uma doença grave, no entanto, os
ataques desse distúrbio podem ser preocupantes, afinal, eles podem acontecer a
qualquer momento e em ocasiões inusitadas como quando o indivíduo está
concentrado em uma atividade extremamente vulnerável.
Por exemplo, enquanto a pessoa está dirigindo um automóvel, operando uma
máquina ou cozinhando. E isso com certeza é alarmante, já que se tratam de
situações que expõem um indivíduo a situações perigosas.
Tipos
A sonolência excessiva ou hipersônia, como também é conhecida, pode ser
classificada de três formas diferentes:
Hipersonia
idiopática - quando a causa não é conhecida.
Sintomática - quando for sintoma de outro transtorno.
Medicamentosa - quando for efeito colateral de uma
droga.
Esse distúrbio é mais
comum entre as pessoas de 15 a 25 anos e menos de 5% dos adultos possuem esse
problema.
Ao contrário de
problemas de sono causados por insônia, dormir durante o dia não diminui a
sonolência.
Esse mal também atinge
pessoas com ciclo
de sono invertido, como os trabalhadores noturnos
Muitas pessoas acham
que a sonolência excessiva e a narcolepsia são a mesma coisa; mas não é.
A narcolepsia é um
tipo de sonolência que acontece de forma súbita e o sono passa após a pessoa
dormir. Já a sonolência excessiva, não passa depois do indivíduo dormir e dura
bastante tempo.
Consequências
Assim como a falta de
sono pode trazer muitos transtornos para uma pessoa, o excesso dele também não
fica muito para trás.
Falta ou dificuldade de concentração, Baixo
rendimento escolar ou do trabalho, Estresse
e ansiedade; esses são apenas alguns dos problemas que o sono em excesso pode
causar
Tratamento
O tratamento para o sono excessivo depende, primeiramente, da sua causa.
O médico poderá dar algumas indicações para que o indivíduo tenha uma boa noite
de sono reparador e, para que fique mais alerta durante o dia, apesar de na
maioria dos casos, mesmo as pessoas que dormem muito bem durante a noite se
sentirem sonolentas durante o dia.
O médico poderá também, indicar a ingestão de medicamentos estimulantes
do sistema nervoso à base de cafeína, por exemplo.
Dicas
Algumas dicas que podem ajudar o indivíduo a
manter-se num bom estado de alerta durante o dia são: tomar um banho frio ao
acordar, consumir alimentos estimulantes, como café, chá preto e gengibre a
cada 3 horas e manter a mente ativa trabalhando ou estudando, evitando a
ociosidade.
Terror noturno
Uma noite mal dormida pode significar um dia cheio de
indisposição.
As consequências disso, todo mundo conhece. Irritabilidade,
desatenção e dor de cabeça.
Muita gente tem problemas com o sono. Não conseguem dormir,
tem dificuldades para manter o sono ou acorda antes da hora.
Há pessoas que roncam, que sofrem de apneia do sono, que
fala enquanto dormem e que se mexem exageradamente. Mas existem aquelas que
sofrem com um episódio diferente, o terror
noturno.
O terror noturno é um distúrbio do sono,
caracterizado por gritos durante a noite, acompanhado do semblante de terror
como se a pessoa estivesse vendo algo terrorífico durante o sono.
Esse distúrbio é mais comum em crianças. Durante o sono,
elas costumam gritar ou chorar e parecem ter medo, como se estivessem reagindo
a um pesadelo.
Elas podem sentar na cama, agitar braços e pernas e parecem
aterrorizadas.
As estimativas mostram que 3% das crianças tem um episódio
de terror noturno durante algum período da vida. E 1% dessas crianças levam
esse distúrbio para a vida adulta.
Como diferenciar um terror noturno de um pesadelo
O terror noturno e o pesadelo podem facilmente serem
confundidos. O terror noturno geralmente ocorre na primeira metade da noite,
enquanto que o pesadelo geralmente ocorre quando a pessoa está num sono mais
profundo (sono REM).
Assim sendo, se aquele episódio ocorre na primeira metade da
noite, quem vê provavelmente está diante de um terror noturno.
Causas
Não existe uma causa específica que possa atribuir ao fato
de uma criança ter esse distúrbio; mas existem fatores que contribuem para
isso.
Um exemplo é quando a criança está gripada ou com febre, é
mais fácil ter algum tipo de distúrbio do sono, inclusive o terror noturno.
Outro fator que também contribui são algumas emoções a que elas são expostas.
Essas emoções tanto podem ser positivas ou negativas, como por exemplo, uma
festa de aniversário ou algum problema na escola.
Prevenção
Deve-se
incentivar a regularidade e os horários de dormir/despertar, evitando privação
de sono. Quanto maior a regularidade dos horários de dormir menor a frequência
deste e outros distúrbios do sono. Alimentos gordurosos, carnes, café, laticínios e outros alimentos de difícil digestão
devem ser evitados a noite.
O tratamento também deve ter como objetivo proteger o
paciente de possíveis danos contra ele mesmo e contra os outros. O quarto deve
ficar desobstruído, as grades na cama devem ser acochoadas, as janelas
firmemente fechadas e é importante que a pessoa tenha fácil acesso a
iluminação.
Após o susto inicial a pessoa pode ser acolhida e ouvir
palavras de apoio e segurança até que a sensação de terror diminua, crianças
podem ser carregadas no colo e ouvir uma canção de ninar.
Certas drogas psicoativas tais como os antidepressivos ISRS e benzodiazepinas (diazepam)
podem ser usados para o controle a curto prazo do terror noturno, mas a sua
eficácia é limitada, produz sonolência diurna e causa dependência
química e psicológica
Um dos exames que ajudam no diagnóstico da doença é a
polissonografia; um procedimento que ajuda na escolha do tratamento adequado
para o paciente.
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